Operação coleta perfis genéticos de presos do regime aberto

O banco de perfis genéticos ajuda a polícia a comprovar cientificamente a autoria de crimes e a justiça a condenar os autores

O Jornal Brasil Central mostrou nesta quinta-feira (2) o trabalho do Grupo Especializado de Repressão a Estupros (GERE) da Polícia Civil de Goiás na primeira etapa da Operação Ametista, com o objetivo de coletar material biológico de presidiários do regime aberto para abastecer o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, consequentemente, proporcionar a identificação criminal de condenados a crimes graves, entre eles o de estupro. Essa é uma etapa que ajuda a polícia a conseguir provas concretas de crimes cometidos há algum tempo em Goiás e em todo o país, proporcionando a condenação judicial dos envolvidos nesses crimes. A Polícia Técnico-Científica de Goiás, que a reportagem apontou entre as cinco melhores do país, tem um banco de perfis genéticos com mais de 10 mil amostras de DNA.

Chefe do CORE, a delegada Karla Fernandes disse que no ano passado o grupo conseguiu elucidar 32 casos, inclusive com 22 prisões preventivas de autorias que eram, de fato, de 2016 e 2017. “Ou seja, nós estamos trabalhando numa repressão de autorias ignoradas, que agora, com essa coleta dentro de um banco de perfil nacional, está conseguindo identificar essa autoria de forma a não ser questionada judicialmente”, afirmou. Segundo ela, a coincidência genética, principalmente nos crimes de abuso sexual, é uma das principais provas. Informou que todas as forças participam dessa ação, por isso é algo novo, visto ser essa “a primeira vez no Brasil que o poder judiciário, com todas as outras unidades policiais, se reúne para um único fim, que é justamente chegar em todas as pessoas que devem ser coletadas”.

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