Comandante do Batalhão Maria da Penha disse que se formou uma efetiva rede de proteção e que isso tem surtido efeito positivo

O combate à violência contra a mulher em Goiás tem obtido resultados positivos este ano, de acordo com levantamentos feitos pela Polícia Militar. Neste primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado, aumentou em 139% o índice de acompanhamento de medidas protetivas de urgência e em 49% o número de ações de assistência social destinadas às vítimas. E ainda: os crimes de feminicídio não tiveram aumento, mas ainda é alto, com 30 registros, ao passo que diminuiu em 11% a quantidade de vítimas de feminicídio, saindo de 81 para 72 casos. O Jornal Brasil Central de hoje (20) trouxe os números e ouviu em seguida a major Marinéia Mascarenhas, comandante do Batalhão Maria da Penha, que explicou o que está sendo feito para que haja a diminuição desses índices.

Segundo ela, há hoje uma rede de proteção à mulher muito atuante e que faz com que elas se sintam encorajadas a dar o primeiro passo para denunciar os agressores e isso tem contribuído com o trabalho de romper esse ciclo de violência. “Hoje ela tem à disposição a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Guarda Municipal, o Poder Judiciário, a Defensoria Pública, além dos programas de governo, que o governador Ronaldo Caiado e a primeira-dama Gracinha lançaram este semestre, o Goiás Por Elas, que dá um cartão no valor de R$ 300,00 para essas mulheres agredidas e que têm medida protetiva de urgência”, afirmou Marinéia.

Ela citou também o acompanhamento remoto do Batalhão Maria da Penha e das Patrulhas, que teve um aumento de 139%, observando que é muito importante esse contato direto do Batalhão e da Polícia Militar com a mulher vítima de agressão doméstica. Houve também, nesse período, um aumento de 78% no número de visitas das viaturas policiais às casas das mulheres (de 8.200 para 14.700), fazendo uma ronda ostensiva, com o intuito de inibir a presença dos agressores. Informou que os objetivos principais da atuação do Batalhão Maria da Penha são prevenir, punir e erradicar a violência doméstica contra a mulher.

ABC Digital