Saúde reforça pedido para o combate ao mosquito aedes aegypti

Coordenador da Saúde diz que Goiás está hoje com 800 casos de dengue por semana e detectou-se que, em Goiânia, 42% dos mosquitos que estão nascendo já vêm infectados com o vírus

Em entrevista nesta quarta-feira (6) ao Jornal Brasil Central, o coordenador de dengue, chikungunya e zika da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SESGO), Murilo do Carmo, voltou a alertar sobre os cuidados que a população e o poder público precisam ter para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor dos vírus que causam essas três doenças e que têm levado muitos goianos à morte. Disse que os ovos desse mosquito ficaram incubados no período de seca e, com o retorno das chuvas em agosto, eclodiram e já têm infectado muita gente e levado à morte até mesmo pessoas fora da maior faixa de risco, que são as mais novas.

De acordo com Murilo, cada fêmea do mosquito pode colocar 1.500 ovos e, em Goiânia, cerca de 42% desses mosquitos já nascem infectados com o vírus da dengue. “Precisamos redobrar os cuidados, tanto poder público como a população em geral para que a gente consiga frear o avanço dos casos de dengue. Hoje nós estamos com 800 casos de dengue por semana no estado de Goiás. Então, não é tão somente a chuva que deve preocupar os goianos. Precisamos somar esforços, tanto poder público como sociedade. Alguns criadouros são preponderantes em época de seca, como garrafas, umidificadores de grandes indústrias, as calhas de receberam folhagens, os imóveis que estão fechados precisam ser inspecionados, os vasos sanitários e ralos que estão em desuso são potenciais criadouros”, afirmou.

Segundo ele, a fêmea do Aedes aegypti faz a postura dos ovos em vários locais e as pessoas precisam ser inteligente para fazer a varredura. Informou que ano passado dez goianos morreram por causa da chikungunya e, neste ano, até agora, foram registrados seis óbitos. Informou ainda que no ano passado 180 goianos perderam a vida por causa da dengue e esses números são muito preocupantes, por isso o reforço no pedido de cuidado.

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