Caiado debate reforma tributária em reunião da Adial Brasil

Durante o encontro, que durou três horas, representantes da entidade defenderam a manutenção dos incentivos fiscais

O governador Ronaldo Caiado reuniu com lideranças empresariais em Brasília, nesta quarta-feira (26), para discutir a proposta de reforma tributária que está em tramitação no Congresso Nacional. Junto com o vice-governador Daniel Vilela, ele participou do evento promovido pela Associação Brasileira Pró-Desenvolvimento Regional Sustentável (Adial Brasil). Representantes da entidade defenderam segurança nos investimentos e menos impostos, além da manutenção dos incentivos fiscais, conforme reportagem exibida nesta quinta-feira (27) no programa O Mundo em sua Casa.

De acordo com o presidente-executivo da Adial Brasil, Herculano Anghinetti, em “um país com dimensões continentais como o Brasil, com realidades tão díspares, tão distintas, você não pode prescindir de mecanismos de dispersão e distribuição das riquezas, como os incentivos fiscais. O Centro-Oeste, o Norte e o Nordeste, principalmente, foram beneficiados nos últimos 40 anos com este instrumento. (…) E nas propostas em curso no Congresso Nacional, o que está embutido é a extinção desses mecanismos”, afirmou.

Nova tributação

Segundo Ronaldo Caiado, a estratégia para tratar da reforma tributária deveria ser outra: “Melhora-se a legislação existente, vai modernizando a legislação. E aí sim, vai passo a passo. E não jogar por terra tudo que existe e aí vir com uma nova tributação, onde todos os governadores vão ficar sem saber aquilo que a União vai lhe repassar, ficando nós na dependência amanhã de receber uma mesada da União sem saber se aquilo será suficiente para quitar os compromissos e, ao mesmo tempo, desenvolver o Estado”, ponderou.

A reunião na sede da Adial Brasil durou quase três horas. Foi debatida também a reformulação da tributação de consumo. Na opinião do presidente do Conselho da entidade, José Alves Filho, “prega-se muito de que haverá vantagem para o consumidor final. Só que entendemos que essas vantagens não estão claras e entendemos até que sejam divergentes do discurso que está sendo colocado”, comentou.

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