Caiado e lideranças empresariais e políticas reforçam posição contra reforma tributária

O tema foi discutido por 2 horas e meia, com a conclusão de que como está a proposta de reforma tributária é prejudicial a estados e municípios

O governador Ronaldo Caiado coordenou reunião com empresários, economistas, políticos e secretários de estado na manhã desta sexta-feira (30), no Auditório Mauro Borges, do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, e a TV Brasil Central transmitiu ao vivo durante 2 horas e meia, para discutir os efeitos da reforma tributária que está na pauta do congresso nacional, destacando que ela é feita na base do achismo, sem respeitar a vontade do povo e nem a cláusula pétrea da Constituição que reconhece municípios e estados como entes federados. Houve uma unanimidade crítica à proposta e a ponderação de representantes goianos na Câmara e no Senado de que vão atuar para consertar essas partes da reforma que são prejudiciais aos estados e municípios.

"Precisamos de medidas que nos deem segurança para continuarmos administrando", definiu o governador, observando que “nenhum prefeito quer perder a capacidade de gerir sua cidade, a capacidade criativa que tem”. O vice-governador Daniel Vilela foi no mesmo diapasão de Caiado, afirmando que a reforma, como está proposta, “fere de morte” uma cláusula pétrea da Constituição Federal que designa a partilha de gestão da arrecadação entre União, Estados e municípios. Secretário-geral de Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima sintetizou que o atual texto, além de promover a perda da autonomia dos entes federados, traz indefinição sobre alíquota a ser cobrada pelo futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – que substituirá o ICMS e o ISS a partir de 2033 –, prejuízo para os setores de educação, saúde e alimentação, além de risco de desemprego e de concentração industrial.

A secretária interina de Economia de Goiás, Selene Peres Peres Nunes, disse que a transição de um regime para o outro pode fazer com que o setor empresarial fique refém de dois sistemas de arrecadação até a completa implementação da reforma. José Alves Filho, do Fórum de Entidades Empresariais de Goiás, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, também criticaram a proposta. A deputada federal Flávia Morais e o senador Vanderlan Cardoso disseram que não faltarão esforços nas casas legislativas para sanar esses problemas que afetarão negativamente os entes federativos.

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