Delegada divulga na TBC aplicativo contra a violência de gênero

O aplicativo Mulher Segura é para as mulheres usarem em situações de urgência e emergência, com o intuito de denunciar agressões

Em entrevista hoje (25) ao Jornal Brasil Central, para divulgar o aplicativo Mulher Segura, recomendando que as mulheres o baixem nos celulares, para usar em situações de urgência e emergência, a delegada titular da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), Ana Elisa Gomes, fez uma vasta explanação sobre a violência estrutural contra a mulher. “Incentivamos que as mulheres busquem o registro de ocorrência na primeira situação de violência vivenciada. É importante que elas entendam que não é apenas a violência física, é a violência psicológica, a violência moral, sexual, patrimonial. Muitas vezes o homem inconformado com o fim do relacionamento ameaça a vítima”, explicou observando que entre as ameaças está a de divulgar intimidades pela internet, mas há uma série de situações onde a mulher é colocada em uma situação de violência.

Ela fez um apelo às mulheres que tenham passado por qualquer situação de violência que procurem a polícia para fazer a ocorrência ou mesmo acessem o aplicativo, pedindo socorro. “Ao recorrer à autoridade, se consegue uma medida protetiva e medidas de segurança para evitar que o parceiro que ameaça continue importunando”, afirmou Ana Elisa. Segundo ela, “infelizmente, a gente vive numa sociedade ainda muito machista, onde nós mulheres, e eu me insiro nesse contexto, fomos educadas a estar sempre tolerando essas atitudes, para preservar os relacionamentos, que muitas vezes têm filhos, e aí a mulher vai sendo colocada em segundo plano e às vezes culpabilizada pelos atos graves que são praticados”.

Citou o estarrecedor e recente caso de um pai, na grande Goiânia, que matou as próprias filhas com o intuito de vigar da parceira que o teria supostamente traído. Disse que é muito comum nas redes sociais algumas pessoas culpando a mulher pela atitude horrenda e injustificável do companheiro. Mostrou o desvio de comportamento da sociedade que nesse caso quis culpar a mulher pela monstruosidade cometida pelo marido. “Ainda vivemos em uma sociedade onde nós mulheres somos culpabilizadas pela violência que sofremos”, observando que por isso mesmo é importante denunciar, para que as autoridades consigam tirar essa mulher da situação de violência em que ela está vivendo, inclusive com feminicídio”, acentuou.

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