Estado e UFG firmam convênio para diagnóstico de câncer de mama

Objetivo é elaborar o painel genético de pacientes com câncer de mama e ajudar a próxima geração de mulheres da família a adotar medidas preventivas para evitar a doença

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Saúde, firmou convênio com a Universidade Federal de Goiás para a realização de perfil genético familiar. O objetivo é, a partir de uma realidade presente, alertar as mulheres da mesma família para o risco do câncer de mama, favorecendo a adoção de medidas preventivas para evitar a replicação da doença, inclusive com cirurgias preventivas de mastectomia. O projeto recebeu o nome Goiás Todo Rosa, em alusão às medidas desenvolvidas no movimento Outubro Rosa.

O governador Ronaldo Caiado classificou a iniciativa como fundamental e enalteceu o papel da UFG. “Temos o esforço de uma academia que se debruça para que, com estudo, possamos buscar a melhoria da qualidade do diagnóstico e solução de problemas futuros, seja na área das vacinas, seja na área do sequenciamento genético e por outras formas”, reforçou Caiado. O convênio foi firmado em solenidade no Palácio das Esmeraldas, na quinta-feira (19). Todas as informações relativas ao convênio foram mostradas em reportagem nesta sexta-feira (20) no programa O Mundo em Sua Casa.

O secretário Estadual da Saúde, Sérgio Vencio, explicou que a partir do diagnóstico comprovado do câncer de mama em uma mulher, todas aquelas que são parentes próximas podem fazer a triagem e anteciparem tratamentos que podem incluir até a mastectomia precoce. São orientadas também a realizarem autoexame e mamografia e a adotarem hábitos saudáveis. Ele informou também que Goiás será o primeiro estado brasileiro a disponibilizar, pelo SUS, os exames genéticos que diagnosticam câncer de mama e ovário.

Operacionalização

Os testes de elaboração do painel genético de mulheres com câncer já começaram a ser realizados no Centro de Genética Humana da UFG, conforme explicou a reitora Angelita Pereira Lima. “Vamos usar todo o nosso conhecimento científico e nossa estrutura laboratorial em pacientes com câncer de mama com o objetivo de orientar e propor as ações de prevenção em relação à família”, esclareceu. Também serão conscientizadas para a realização de autoexame e mamografia, além de adotarem hábitos saudáveis.

A professora Rosemar Macedo, coordenadora do Projeto Goiás Todo Rosa na UFG, disse que o ponto principal é descobrir a mutação genética que indica o potencial de desenvolvimento de câncer de mama, levando as pessoas a decidirem pela adoção de procedimentos preventivos. Já a professora Elisângela de Paula Lacerda, responsável pela pesquisa na UFG, revelou que um levantamento com 120 pacientes do SUS no Hospital das Clínicas apontou 22% de mulheres com mutação patogênica, percentual elevado que preocupa.

ABC Digital

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo