Governador aponta problemas da reforma tributária em Brasília

Caiado defendeu autonomia dos Estados e elencou impactos que Goiás pode sofrer com o projeto

O governador Ronaldo Caiado participou nesta terça-feira (29) de debates relacionados à reforma tributária em Brasília. Primeiro ele esteve em um café da manhã onde se reuniu com empresários, parlamentares e representantes de associações. E destacou os impactos que a reforma trará para Goiás, ao criticar a proposta de criação do Conselho Federativo, que na sua opinião, vai tirar a autonomia do governante. “Eu, governador, passo a ser apenas coordenador de despesas”, lamentou. Reportagem veiculada no O Mundo em Sua Casa desta quarta-feira (30).

Em seguida, Caiado e outros 16 governadores participaram da sessão temática de debates sobre a Reforma Tributária, no Plenário do Senado Federal. Já aprovada pela Câmara dos Deputados e cuja análise e votação cabem agora ao Senado, a matéria deve ser aprofundada pelas audiências públicas. O intuito é amadurecer a proposta para que haja consenso entre os parlamentares. A PEC 45/219 propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS). Com isso, governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita.

Na tribuna, Caiado defendeu a Reforma Tributária, mas desde que feita de forma responsável e com visão de futuro. Para o governador, o assunto não foi discutido de forma satisfatória pela Câmara dos Deputados. “Eu não aceito ser ordenador de receita, eu não aceito receber mesada, eu não aceito que me cassem o direito que é pacto federativo de que eu tenho autonomia sobre a minha arrecadação”, exclamou.

Em setembro serão feitas novas audiências públicas sobre a PEC, reunindo representantes de diversos setores da sociedade e especialistas, a fim de extrair o posicionamento de todos sobre o tema. “Essa é a posição que quero deixar bem clara para que o Brasil saiba que, nesta hora, todo mundo quer a melhora da Reforma Tributária, sim, mas da maneira que ela foi colocada, me desculpem, isso não é Reforma Tributária, é concentração de poder”, finalizou o chefe do Executivo.

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