Operação estima sonegação de até R$ 30 milhões em bebidas finas

Há indícios de que os investigados utilizavam-se de laranjas e empresas de fachada

Operação Vindima, deflagrada pela Secretaria da Economia, em conjunto com a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), na madrugada desta quarta-feira (3) descobriu sonegação de aproximadamente R$ 30 milhões de empresas do ramo de comércio de bebidas finas, especialmente vinho, em Goiânia. Foi o que mostrou reportagem veiculada no O Mundo em sua Casa desta quinta-feira (4).

O auditor fiscal Gerson Almeida, titular da Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Goiânia, explicou como o grupo agia. “Na aquisição da mercadoria com empresas noteiras (de fachada), na saída com o imposto declarado, mas não recolhido”. Uma das empresas tem R$ 6 milhões a recolher. “Utilizavam, sem ter direito, de alíquota menor do Regime do Simples Nacional e emitiam notas fiscais utilizando a alíquota interestadual para baixar o estoque e emitindo para empresas que já tiveram suas inscrições baixadas, canceladas ou suspensas com o objetivo de sonegar”, completou Almeida.

A Polícia Civil, por meio da DOT, identificou os crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, emissão de notas frias, sonegação fiscal e ocultação do grupo econômico, com pena de até 13 anos de reclusão. “São três mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão que foram cumpridos. Em relação às prisões as equipes ainda estão fazendo as diligências”, afirmou o delegado adjunto da DOT, Bruno Costa e Silva. Até o momento foram identificados dois empórios e um centro de distribuição.

Prejuízo

A secretária da Economia, Selene Peres Nunes, destacou que os preços praticados pelas empresas estavam “muito abaixo do comercializado pelo mercado, que envolveu uma empresa com faturamento de R$ 200 milhões nos últimos três anos”. Cálculos preliminares dão conta de que houve sonegação de R$ 25 a R$ 30 milhões de ICMS. “Nossa intenção é ser muito forte na fiscalização e fazer operações como essa, de modo a preservar as condições do mercado para aqueles que operam dentro da legalidade”, acrescentou a secretária.

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