Preços dos combustíveis já estão inacessíveis para o consumidor, diz presidente do Sindiposto

Marcos Andrade disse, no Primeiro Tempo da RBC, que aumentos da gasolina e etanol têm sido tão próximos uns dos outros, que não tem dado tempo de ser absorvido e repassado ao consumidor

A situação da escalada dos preços dos combustíveis verificada neste início de ano é “muito preocupante”, de acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade. Em entrevista ao programa Primeiro Tempo da RBC FM nesta terça-feira, 9, ele disse que os preços dos combustíveis já estão inacessíveis para o consumidor.

Márcio Andrade afirmou que os aumentos da gasolina e do óleo diesel têm sido tão próximos uns dos outros, que não tem dado tempo de ser absorvido e repassado ao consumidor pelos varejistas. “Quando os postos começam a repassar um aumento já vem outro, vem um em cima do outro”, lamentou. E o resultado disso é a queda constante nas vendas, acrescentou.

Dolarização

Segundo o presidente do Sindiposto, a Petrobras tem anunciado, quase semanalmente, reajustes com porcentuais elevados. Citou que, este ano, a gasolina acumula aumento de mais de 54%, e o diesel, de 41,5%. E apontou dois fatores: a cotação do petróleo no mercado internacional e a influência do dólar. “Chamo isso de dolarizar os preços dos combustíveis no Brasil”, afirmou. Lembrou, porém, que o salário e a renda dos brasileiros são em reais. “Situação complicada para nós, brasileiros”, queixou-se;

Sobre a alta do etanol, Márcio Andrade apontou que o produto é vendido pelas usinas sucroalcooleiras, que não anunciam oficialmente reajuste como a Petrobras. Mas a cotação do etanol vai acompanhando a da gasolina, que tem encarecido constantemente no atacado. Conforme ele, o aumento dos combustíveis é ruim para o empresário, para o consumidor e para toda a sociedade. “Todos sofrem o efeito dos reajustes”, ponderou.

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