Setor pecuarista goiano está tranquilo com caso suspeito de vaca louca

Autoridades sanitárias acreditam ser um caso atípico e não transmissível

A morte de um boi em uma propriedade rural no Estado do Pará foi confirmada na última quarta-feira (22) como um caso atípico do Mal da Vaca Louca. Estados brasileiros entraram em alerta com medo de um possível surto da doença. Mas segundo o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Freitas Mendonça, não é motivo para alarde. “A notícia assusta, mas tudo indica que seja um caso atípico. É um animal velho e foram tomadas todas as providências para o momento e também informada a Organização Mundial de Saúde Animal”, explicou em reportagem veiculada no O Mundo em sua Casa desta sexta-feira (24). A suspensão da exportação de carne bovina para a China é um processo necessário e segundo o secretário de Agricultura os produtores podem se tranquilizar quanto aos impactos da paralisação. “É uma questão automática e uma medida que tem que ser tomada. Então, logo que se desvendar essa questão, nós vamos ter uma normalidade do nosso mercado”, explicou.

Já o médico veterinário e agente da Agrodefesa de Goiás Fernando Borges contou o que o Estado tem feito para prevenir o avanço da doença. “Detecção de casos suspeitos de animais com sintomologia nervosa a campo, atendimento a notificações de produtores que detectam esses animais em seus rebanhos e nos comunicam. A gente coleta material e encaminha para dignóstico. Tendo diagnóstico negativo para raiva, que é a principal doença nervosa que nós tratamos diariamente, em bovinos acima de 24 meses de idade, esse material é encaminhado para laboratório do Ministério da Agricultura fazer o diagnóstico diferencial como Mal da Vaca Louca”.

O analista de mercado do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Marcelo Penha, explicou porque Goiás é reconhecido mundialmente como o Estado de maior rigidez no controle de qualidade do rebanho e da carne bovina. “Temos um órgão-defesa muito competente que é a Agrodefesa, temos também associações voltadas a parte de produção, temos a Federação de Agricultura. Goiás é um modelo para a questão sanitária do país”, comentou.

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