Parceria entre Detran e Polícia Civil leva à desarticulação de esquema fraudulento

        A cooperação entre o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) e Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) em continuidade da Operação Intraneus, deflagrada em dezembro passado na Ciretran de Anápolis, deu origem nesta terça-feira (6), a deflagração da Operação Simulatio, que investiga um esquema de fraude envolvendo servidores do Detran e despachantes, os quais fraudavam vistorias.

        A Operação foi realizada em 14 municípios, Mundo Novo, Cabeceiras, Nova Crixás, Guapó, Abadia de Goiás, Formosa, Planaltina, Goiás, Itaberaí, Nova Veneza, Ouro Verde, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas e Itapuranga. Foram presos 9 servidores do Detran e 7 despachantes.

        Os investigados tiveram buscas realizadas no local de trabalho e residência. Vão ser ouvidos sobre as facilidades nas fraudes de simulação de vistorias que eram realizadas em Mundo Novo e disseminada para vários municípios, onde servidores e despachantes aprovavam serviços de veículos sem a vistoria.

        O balanço da ação conjunta da Polícia Civil e Detran foi apresentado em entrevista coletiva no prédio da DERFRVA, pelo delegado Cleybio Januário acompanhado da Gerente de Auditoria do Detran Goiás, Luciana Gomes. “A parceria entre o DETRAN e a Polícia Civil vem deflagrando vários esquemas de corrupção nos últimos anos, vamos continuar trabalhando em conjunto para instaurar novos procedimentos e novas diligências”, destacou a gerente de auditoria do Detran, Luciana Gomes.

        As investigações começaram em 2016 com a verificação de um aumento de vistorias em um município com poucos veículos. Segundo Luciana, “Foram identificadas mais de 1.500 mil vistorias aprovadas por uma única servidora onde o município tem pouco mais de 2.000 mil veículos”, constatou Luciana.

        Dos 9 servidores envolvidos do DETRAN, 1 era efetivo, o restante comissionado e já foram exonerados. A decisão judicial é que os 7 despachantes envolvidos vão ter os códigos imediatamente suspensos no sistema do Detran. A investigação da Polícia Civil realizou no total, 18 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão nos 14 municípios do Estado.

        Segundo Luciana, será aberto processo administrativo para os servidores presos, mesmo que já foram exonerados, impedindo o retorno do servidor para o setor público. Os presos responderão por crimes de corrupção passiva e ativa, falsidade documental e inserção de dados falsos, entre outros a ser identificados até o final do inquérito policial.

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