24% da população de Goiânia sofre com hipertensão
Redação – Jornal O Popular
Reduzir a quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira é a meta do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados. Em nota, a assessoria do Ministério da Saúde informou que o plano conseguiu, em sua 2ª fase, reduzir em até 10% o teor de sódio presente em 839 produtos. Ainda segundo a nota, o compromisso entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) possibilitou que, em três anos (2011-2014), fossem retiradas 7.652 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que até 2020 as indústrias do setor promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal do mercado brasileiro.
“Conseguir retirar mais de 7 mil toneladas de sódio é uma parte importante no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis e promoção da saúde do brasileiro. O impacto disso é a garantia de mais 4 anos de vida e uma redução de 15% nos óbitos por Acidente Vascular Cerebral (AVC). Significa também que 1,5 milhões de brasileiros não precisarão de medicamentos e vão poder controlar sua pressão com atividade física e alimentação saudável. É um ganho de vida”, garantiu o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A maior redução foi observada na categoria rocamboles, com queda de 21,11% no teor de sódio, seguida pela mistura para bolo aerado – 16,6% – e maionese, com queda de 16,23%. Todas as demais categorias também registram queda: bolos prontos sem recheio (15,8%); bolos prontos com recheio (15%); batata frita e batata palha (13,71%); biscoito doce (11,41%); salgadinho de milho (9,4%); biscoito doce recheado (6,48%); mistura para bolo cremoso (5,9%); e biscoito salgado (5,08%). Estes foram os produtos analisados na 2ª fase do plano.
Para o Ministério da Saúde, o número de brasileiros com hipertensão no país tem se mantido estável, mas segundo o Vigitel, a população com a doença passou de 24,1% em 2013, para 24,8% em 2014. As mulheres são maioria nesse cenário e respondem a 26,8% dos casos, enquanto os homens respondem a 22,5% dos casos. Os hipertensos crescem com o avanço da idade e também com a diminuição da escolaridade.
Ainda segundo o Vigitel, a população brasileira ainda apresenta uma percepção pequena sobre o consumo de sal em excesso, o que pode ser observado com o fato de que 47,9% dos entrevistados consideram seu consumo de sal adequado. Apenas 2,3% admitem ter um consumo muito alto e 13,2% um consumo alto.
Em abril, O POPULAR mostrou que dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM) apontavam que o número de óbitos por doenças do aparelho circulatório em Goiás subiu de 129,8 por 100 mil habitantes para 162,3 para cada 100 mil. Os homens liderem o ranking de mortes e apresentam 177,3 por 100 mil habitantes contra 147,7 entre as mulheres.
Os gastos no tratamento hospitalar pagos pelo SUS em Goiás em decorrência de doenças cardiovasculares aumentaram de R$ 68.652.293,39, em 2011, para R$ 81.597.383,68 em 2014. A média de gastos por internação saltou de R$ 1.720,95 (2011) para R$ 2.358,78 (2014). O número de mortes no Estado também subiu de 2.085 (2011) para 2.233 em 2014.
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