Ansiedade, estresse… Maracujá ajuda?


Fernanda Portes- Jornal O Popular

Nas últimas semanas, por conta de uma série de probleminhas e tarefas acumuladas, estava uma pilha e no meio do atendimento de uma paciente toda zen. Agitada como sempre, fui e, falando muito rápido, comecei a tropeçar nas palavras. Ela então me sugeriu divertidamente um suquinho de maracujá para acalmar os ânimos. Está aí, pensei: o maracujá bem que pode ajudar.

Nesses tempos modernos em que há verdadeiras ‘epidemias’ de gente estressada e ansiosa, o organismo dos nervosinhos vai ficando todo descompensado. Quando estamos assim, rapidamente esgota o suprimento de glicose, principal combustível do corpo. Em seguida, o organismo começa a desgastar as proteínas existentes no músculo, fonte de energia mais rápida do que a gordura do corpo, isso o leva a um desgaste muscular. A ansiedade e o estresse também aumentam os depósitos de gordura visceral, aquela gordura abdominal, que é mais nociva ao organismo.

Além disso, no corpo de ansiosos ao longo do dia há uma secreção crônica de um hormônio, o glicocorticoide, que age na região cerebral chamada de cérebro emocional, aumentando o impulso de realizar atividades prazerosas e compulsivas – como ingerir doces e alimentos com gordura, favorecendo ainda mais o ganho de peso.

Uma alimentação bacana ajuda a reequilibrar o corpo descompensado desses ansiosos crônicos, e o maracujá é um desses alimentos que pode dar um empurrãozinho ao processo.

O maracujá é o fruto de uma planta originária do Brasil, ele tem aroma e acidez acentuados. Nutricionalmente possui carboidratos, fibras, é uma fonte de minerais como cálcio, ferro e fósforo e ainda de vitaminas A, C e altas doses de vitaminas do complexo B (principalmente B1 e B2). Traduzindo: tem uma série de micronutrientes essenciais ao organismo desequilibrado e ainda se trata de uma fruta com baixo teor calórico (a polpa de uma unidade média, cerca de 50g, possui apenas 45 kcal).

Além desse tanto de coisa boa, o fruto se diferencia, pois nele são encontrados em toda a planta, principalmente nas folhas, os princípios ativos maracujina ou passiflorina e calmofilase o que confere ao maracujazeiro propriedades calmantes, hipnóticas, analgésicas e anti-inflamatórias. “Nossa nutri, tudo isso?” Sim! O maracujá faz a linha ‘calmante natural’, pois a tal passiflorina tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial, pois não causa dependência, como certas medicações. Quanto a seu uso, idealmente deve ser consumido ao natural ou na forma de sucos, mas vale sua inclusão como complemento de molhos de carnes ou saladas, farofas, vinagretes, em sobremesas e licores.

Nesse processo você deve também evitar substâncias estimulantes que podem aumentar a sensação de nervosismo (álcool, bebidas com cafeína, chás verdes e cigarros). Em vez delas, experimente leite desnatado ou suco de frutas, vale também chás calmantes. Dentre eles temos também: camomila (o chá é usado como um calmante leve); flor de alfazema (o chá preparado com flores secas de alfazema é considerado calmante) e erva doce (consumida em forma de chá tem efeito calmante, diurético e digestivo).

Quando estamos estressados há a diminuição dos níveis de glicose no sangue isso desencadeia o desejo por alimentos ricos em açúcar, nesse momento escolha uma pequena dose de chocolate amargo. Isso eleva os níveis de triptofano no cérebro, onde ele é transformado em serotonina, o neurotransmissor bastante conhecido como “substância química calmante”.

Para reduzir a ansiedade e o nervosismo vale sim um maracujazinho, mas não se esqueça do básico: tente organizar sua rotina alimentar, estabelecendo horários. Lembre-se: tempo é questão de prioridade. Comer bem deve ser uma das suas.

“O maracujá faz a linha ‘calmante natural’, pois a tal passiflorina tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial, pois não causa dependência, como certas medicações”

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