Governo estadual realiza primeira Olimpíada de Matemática no Case de Anápolis 

Participaram da competição, 30 adolescentes que cumprem medida socioeducativa na unidade. Objetivo foi prepará-los para a etapa nacional 

Os internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Anápolis participaram, na terça-feira, 27, de uma olimpíada de matemática. O objetivo foi preparar os adolescentes para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que, neste ano, foi adiada em razão da pandemia de Covid-19 e ainda não tem data para ser realizada. 

A retomada das aulas regulares nos Cases faz parte da reestruturação pedagógica que o Governo de Goiás vem realizando no sistema socioeducativo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds). “É muito bom ver professores da rede estadual de ensino tão imbuídos nesse projeto, com tanta dedicação”, afirmou a secretária da Seds, Lúcia Vânia.   

Trinta jovens participaram da olimpíada, e três deles  foram premiados por obterem resultados satisfatórios nas provas. Um dos vencedores gostou da experiência e espera participar de novas competições de outras disciplinas. “Não é só porque estamos aqui que não somos capazes de estudar e conseguir vencer”, afirma ele. 

Já outro ganhador destaca que a competição foi importante para avaliação de conhecimentos, mesmo com as aulas remotas. “Pude avaliar meus conhecimentos em matemática e ver a importância dos números em nossa vida diária”, pontua o ganhador. 

A aplicação das provas foi coordenada pelo Centro de Educação de Jovens e Adultos Professor Elias Chadud, e, segundo o professor Wilton Parreira de Melo Andrade, da rede estadual de ensino, a olimpíada foi importante para mobilizar tanto os professores quanto a direção, e, principalmente, os alunos. “Os estudantes se dedicaram, se esforçaram, assumiram o espírito competitivo e isso acabou sendo muito benéfico. Nesse sentido, eles deram o seu melhor e se esforçaram bastante”, relata o professor.

Wilton ressaltou ainda que os professores, coordenadores e a diretora da escola Elias Chadud, Edelzina Pereira, “trabalharam fortemente para que essa olimpíada fosse realizada”. Eles atuaram de forma consorciada com a equipe do Case de Anápolis no preparo dos adolescentes para a olimpíada. “A nossa vontade é que esses estudantes possam, de fato, competir de forma igualitária com os demais estudantes que não estão privados de liberdade”, observa.   

A preparação para a Obmep e também para a olimpíada interna vem sendo feita por meio de radioaula, em que não há contato dos professores com o aluno, e isso acaba por dificultar a aprendizagem, explica Wilton. “Mas, ainda assim, eles estão se dedicando e se esforçando, buscando conhecimento ao máximo, dentro de todas as limitações do sistema socioeducativo.” 

As provas foram realizadas nas dependências do Case, respeitando o distanciamento social. Os próprios professores compraram e distribuíram chocolates e outros incentivos para motivar ainda mais os estudantes.

Secretaria de Desenvolvimento Social – Governo de Goiás

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